Encontro de Inovação Discute Impacto dos ODS com Foco em Resultados Sustentáveis

No dia 25 de fevereiro, das 17h às 18h, ocorreu o Webinar “Transformando ODS em Resultados Sustentáveis com Inovação”, realizado pelo grupo MGPDI, da SOFTSUL. O evento contou com a participação de Ivânia Ramos Santos, implementadora do MGPDI e responsável pela inovação na SEMIP (Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa do Paraná), e Cristina Filipak Machado, diretora da Qualityfocus e consultora MGPDI e MPSBr. A moderação ficou a cargo de Kival Weber, coordenador executivo do MGPDI.

O encontro enfatizou a conexão entre ODS, inovação e o papel das empresas na construção de uma sociedade mais inclusiva e sustentável. Além de estratégias de implementação, foram discutidos modelos de negócios que priorizam a diversidade e a responsabilidade social, destacando empresas que já trilham esse caminho.

Ivânia abordou a i relação entre a inovação e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e como esses princípios podem ser aplicados de forma prática dentro das organizações. Com mestrado em engenharia de produção e sistemas, a especialista destacou a importância de alinhar os ODS ao modelo de negócio das empresas, enfatizando que não é necessário atender a todos os objetivos, mas sim definir aqueles mais relevantes.

Durante sua apresentação, Ivânia problematizou a relevância de integrar iniciativas sociais em contextos empresariais, mencionando exemplos concretos. “É essencial que as empresas identifiquem suas prioridades dentro das ODS e trabalhem nelas de maneira estruturada. O MGPDI oferece ferramentas para auxiliar nesse processo, organizando a inovação e facilitando a implantação de projetos que tenham impacto positivo na sociedade”, afirmou.

Ela também apontou os benefícios econômicos que empresas sustentáveis e inovadoras podem alcançar. “As organizações que adotam práticas alinhadas às ODS não apenas promovem um retorno social, mas também se destacam no mercado por suas iniciativas diferenciadas”, acrescentou.

Com um cenário preocupante em relação à violência contra a mulher no Paraná, onde o estado figura entre os três maiores índices de feminicídio do Brasil, Ivânia ressaltou a necessidade de ações efetivas. “É um desafio significativo, mas iniciativas na área empresarial podem ajudar a mitigar esses problemas, criando um círculo virtuoso de conscientização e mudança de comportamento”, explicou.

Na segunda parte do Webinar, Cristina Filipak Machado, diretora da Quality Focus, trouxe uma visão enriquecedora sobre melhorias de processos e a promoção da inovação nas empresas. Com um mestrado em informática e especializado em gerenciamento de riscos pela PUC do Paraná, Cristina é consultora e avaliadora do MGPDI e do MPS.BR, modelos de melhoria de processos fundamentados em excelência organizacional.

Citando sua experiência como avaliadora do prêmio WEEPS, Cristina relembrou como a iniciativa, ligada ao Instituto Mulheres no Poder e à ONU, visa empoderar mulheres por meio do engajamento empresarial. Segundo ela, “a interação entre os colaboradores e o propósito das empresas gera um ambiente de trabalho mais significativo, onde os empregados não apenas realizam suas tarefas, mas também contribuem para a sociedade”. Essa conexão é um dos pilares que ajuda a fazer do trabalho uma experiência nobre e motivadora.

Cristina ressaltou que as iniciativas de responsabilidade social e compromisso com as ODS transformam a cultura organizacional. “O que percebemos durante as avaliações do WEEPS é que muitas empresas, como Natura e Boticário, têm programas inovadores voltados para a inclusão e a diversidade, que não apenas atendem aos objetivos globais, mas também promovem um aprendizado significativo entre seus funcionários. Isso gera novas ideias e produtos, contribuindo para a inovação”, destacou.

No contexto do MGPDI, Cristina enfatizou a importância de um modelo que auxilia as empresas a navegarem no complexo mar da inovação. “O MGPDI não é apenas uma estrutura, mas um guia acessível que proporciona um caminho claro para inovar. Muitas empresas, por vezes, se acomodam após alcançarem um certo nível de sucesso. A inovação, no entanto, é uma necessidade contínua, sustentada pela tecnologia e pela adaptação às mudanças de mercado”, explicou.

Ela detalhou os perfis do MGPDI, que oferecem um caminho gradual para a implementação de práticas inovadoras, começando por processos simples até um nível mais complexo e maduro. “Essa estruturação é vital porque permite que as empresas evoluam gradualmente e encontrem soluções inovadoras de forma prática”, disse Cristina.

Cristina também abordou a relevância da gestão da inovação e das ideias dentro de uma organização. Segundo ela, “toda inovação começa com uma ideia. Portanto, é fundamental criar um ambiente onde os funcionários se sintam à vontade para compartilhar suas sugestões”. Nesse sentido, a gestão das ideias deve contemplar não apenas aspectos econômicos, mas também sociais e ambientais, assegurando que as soluções propostas sejam sustentáveis e benéficas para as comunidades.

Com a crescente necessidade de responsabilidade ambiental nas empresas, Cristina afirmou que “o MGPDI já incorpora essa visão de sustentabilidade nas diretrizes, exigindo que as ideias levadas à prática sejam avaliadas sob a perspectiva de seu impacto social e ambiental”. Assim, o modelo não só orienta as empresas a inovarem de forma eficiente, mas também a se tornarem protagonistas na construção de um futuro mais sustentável.

Encerrando sua apresentação, Cristina reforçou que o foco do MGPDI está na criação de um ecossistema colaborativo, onde as parcerias entre empresas, comunidade e governo são essenciais para o sucesso das iniciativas de inovação. Ao invés de serem vistas como obrigações, as ODS devem ser encaradas como oportunidades que geram valor – tanto para os negócios quanto para a sociedade como um todo.

Ao final do webinar, ficou claro que o avanço na implementação de práticas sustentáveis e inovadoras não é apenas uma tarefa das organizações, mas um compromisso com o futuro das comunidades e do planeta. Com iniciativas como as promovidas pelo MGPDI, espera-se que o diálogo continue e que mais empresas se engajem nessa transformação necessária.

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