Diante dos desafios impostos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, a Abinee-RS lançou o projeto SOS Indústria Eletroeletrônica.
A ideia é que empresas do setor que não foram impactadas possam dar o suporte necessário para quem saiu prejudicado. Algumas delas já colocaram à disposição o seu parque fabril para que outras indústrias possam dar continuidade à sua produção. Entre elas, estão duas empresas do Parque Canoas de Inovação: Exatron e Novus (foto).
“Há muitas máquinas de montagem de SMT (Surface Mount Technology) que foram afetadas. São equipamentos de precisão e não sabemos ainda se vamos conseguir restaurá-las ou se haverá a necessidade de uma importação desses equipamentos, o que pode levar até 180 dias”, destaca Régis Haubert, diretor regional da Abinee-RS.
A Abinee-RS também deu início a conversas com instituições em busca de linhas de financiamento voltadas ao setor. “Tivemos uma conversa com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na última semana, que apresentou três linhas de financiamento, voltados para máquinas e equipamentos, empreendimento e capital de giro. Também tivemos um encontro com o Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que apresentou uma modalidade de financiamento para as indústrias afetadas”, relata Haubert.
Segundo o executivo, há ainda muitas demandas a serem atendidas pelos poderes públicos com o objetivo de reerguer as indústrias gaúchas após a cheia. Porém, entende que, em razão de se tratar de uma tragédia climática sem precedentes, isso irá ocorrer na medida em que os problemas mais fundamentais, como o de moradia e assistência à população atingida, são sanados.
“É importante ter uma avaliação propositiva para que possamos solucionar os diversos problemas que nossas empresas estão enfrentando e, com isso, garantir emprego, renda e arrecadação, pois isso também afeta a economia do Estado como um todo”, diz.
Fonte: ABINEE-RS