Desafio da liderança no trabalho remoto: especialista aponta competências necessárias para o novo formato de gestão

Em 2020 o IBGE contabilizou mais de 8 milhões de trabalhadores remotos e em 2022, cerca de 58% dos brasileiros afirmam preferir o formato home office ou híbrido

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 3,8 milhões de brasileiros já trabalhavam no formato home office em 2018. Porém, em 2020 houve um salto para 8,2 milhões, por conta da pandemia. Conforme pesquisa da Microsoft deste ano, cerca de 58% dos brasileiros preferem o trabalho 100% remoto ou híbrido.

Dentro deste novo cenário, que se apresentou como temporário e cada vez mais tem se tornado definitivo, surgem novos desafios, entre eles a liderança de equipes. “Aumentou a dificuldade de enxergar o outro, porque quando eu estou longe, eu preciso utilizar outras técnicas para isso. Não dá para agir mais de forma engessada, porque o mundo mudou”, aponta a Consultora da Fundatec, formadora e mentora de líderes e negociadores há mais de 30 anos, Maria Regina Xausa.

De acordo com a especialista, os líderes que quiserem manter o formato antigo de gestão com base no controle, terão mais dificuldade de adaptação e sucesso. “O trabalho remoto convida a fazer uma troca importante, que é substituir o controle por confiança. Se antes as métricas e a gestão eram baseadas em formas de execução e controle de tempo, agora é medida por resultados. E isso é maravilhoso, porque abre portas para as pessoas mostrarem sua criatividade na resolução de problemas, trazerem novas formas de chegar aos resultados, dando autonomia e motivação à equipe”, avalia.

Porém, para a consultora, os desafios mais importantes dos líderes atualmente, que se salientou nesse formato remoto, diz respeito à gestão humanizada. “O que engaja as pessoas é elas se sentirem vistas, desafiadas, consideradas, com possibilidades de gerar resultados buscando objetivos e propósitos e não cumprindo tarefas só por cumprir. A questão é até que ponto estamos envolvendo as pessoas ou impondo as tarefas? Quando o colaborador identifica uma demanda a um propósito seu, ele não vai sossegar até resolver e entregar os melhores resultados, porque ele tem uma motivação interna para isso”, explica Maria Regina.

Dessa forma, a especialista considera que entre as competências necessárias para um líder, pode se destacar a empatia, a escuta ativa do outro, considerar as diferenças, habilidades e o tempo de cada um, enxergar e respeitar o outro como alguém que tem suas diferenças e que, sendo como é, pode trazer novas soluções criativas. Porém, é necessário ter sempre o foco dos resultados e delimitar as métricas, engajando também a equipe no processo.

“É claro que a gestão humanizada tem tudo a ver com meta, e meta tem tudo a ver com credibilidade e não com controle. Sempre vai caber a um gestor o papel de mensurar, avaliar, monitorar. Para chegarmos a algum lugar, precisamos de métricas e quem está a frente precisa liderar e engajar a equipe para alcançar os objetivos. Isso não tem nada a ver com imposição de tarefas ou controle”, pondera a mentora.

Considerando a complexidade do desafio da liderança, principalmente frente às novas necessidades de mercado, a especialista preparou o Curso “Liderança e Engajamento de Equipes”, que se propõe a trazer soluções práticas para estas questões. “Estou fazendo um curso para simplificar essa gestão que parece tão difícil, mas que pode ser simples. Quem fizer o curso, certamente, vai sair com uma sensação de ‘ufa, eu consigo’, porque todos podem ser bons líderes, basta a vontade”, explica.

O evento será realizado nos dias 8 e 9 de julho, na sede da Fundatec (R. Prof. Cristiano Fischer, 2012 – Partenon – Porto Alegre). Na sexta-feira (08/07), o encontro ocorrerá das 18h às 22h, já no sábado (09/07), será das 08h30 às 17h30. As inscrições podem ser realizadas pelo link https://bit.ly/liderengaja.

Curso “Liderança e Engajamento de Equipes”

Data: 8 e 9 de julho

Horários: 08/07 – 18h às 22h; 09/07 – 08h30 às 17h30

Local: Fundatec (R. Prof. Cristiano Fischer, 2012 – Partenon – Porto Alegre)

Inscrições: pelo link https://bit.ly/liderengaja.

Maria Regina De Moraes Xausa: Formadora e mentora de Líderes e Negociadores há mais de 30 anos, já tendo formado mais de 20000 executivos. Docente em MBAs na FGV, ESPM, PUCRS, UNESC e IBGEN. Coordenou Pós-MBA em Negociação, da Unisinos. Consultora Internacional da UNESCO. Diretora da Voo Certo Treinamento, atendendo a grandes grupos públicos e privados. Mestre em Administração. Psicóloga. Credenciada em Prevenção de Catástrofes pelo CENIPA. Autora do livro Negociação ao Alcance de Todos.

Fonte: Fundatec

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