Veridiana Martins, advogada e mediadora renomada na área de gestão de conflitos, tem dedicado sua carreira ao desenvolvimento de ferramentas e técnicas que auxiliam empresas na prevenção e resolução de disputas internas. Com ampla experiência de atuação junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, além de formação pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ela evidencia que a mediação pode ser uma poderosa alternativa ao processo judicial tradicional, especialmente no âmbito organizacional.
Segundo Veridiana, a mediação promove o empoderamento das partes envolvidas, oferecendo a elas ferramentas para resoluções autônomas e menos litigiosas. “Ela é uma saída eficiente para lidar com conflitos interpessoais nas empresas, evitando que esses evoluam para processos judiciais e agravem o ambiente de trabalho”, explica. Além disso, ela destaca a importância de uma gestão estratégica para entender o conflito em seu contexto completo, não apenas solucioná-lo de forma rápida, mas tratar suas causas raízes.
De acordo com a especialista, muitas disputas internas surgem por falta de liderança capacitada, má comunicação ou ambientes tóxicos que se perpetuam por ações descontínuas e falta de atenção às pequenas desavenças. “A prevenção e o bom relacionamento no trabalho exigem uma abordagem planejada”, afirma Veridiana. Nesse sentido, ela recomenda que RH, liderança e jurídico atuem de forma integrada, promovendo treinamentos que desenvolvam habilidades comportamentais e uma cultura de empatia.
Ela salienta ainda que a contratação de Pessoas Jurídicas (PJ) têm sido amplamente discutida no cenário atual, por razões legais e relacionais. Veridiana observa que uma cláusula de mediação obrigatória nos contratos de PJ pode ser uma estratégia eficiente para evitar judicializações desnecessárias, fortalecendo o diálogo e o entendimento entre partes.
Para ela, compreender a dinâmica do conflito, identificar suas causas e agir de forma estratégica é fundamental. “Antes de recorrer a uma mediação, é possível atuar no nível mais superficial, mas quando há resistência, a intervenção de um mediador qualificado se torna necessária”, reforça.
Veridiana também enfatiza que o ambiente de trabalho deve ser uma fonte de respeito e compreensão, promovendo treinamentos de empatia e inteligência emocional, especialmente para os colaboradores de base, que muitas vezes não têm acesso a esse tipo de formação. Ao criar uma cultura de atenção às necessidades humanas, as empresas podem reduzir significativamente episódios de bullying, assédio e conflitos silenciosos que prejudicam o clima organizacional.
Por fim, ela reforça que os conflitos, se não gerenciados de forma adequada, podem gerar custos altos, como alta rotatividade, afastamentos e processos judiciais. “Investir na gestão de conflitos é investir na saúde do capital humano e na sustentabilidade do negócio”, conclui.
Este grupo de RH da SOFTSUL é composto por representantes de empresas associadas ou profissionais convidados, que atuam na área de Recursos Humanos no setor de TI. Sua principal atividade é a identificação de problemas comuns, a troca de experiências entre os participantes e a análise de tendências, de modo a gerar resultados, tanto para as empresas participantes quanto para os profissionais em que atuam.
O grupo iniciou em 2018 e teve em sua pauta temas relevantes e atuais relacionados a área de recursos humanos, geralmente com participação de convidados que além de compartilhar o conhecimento, apresentaram cases e projetos implantados em empresas, enriquecendo as discussões e qualificação do grupo.
Os encontros são mensais, sempre às quintas-feiras das 8h 30min às 10h, no formato remoto. As próximas datas dos encontros serão: 14AGO; 18SET; 16OUT; 13NOV. Interessados em participar podem manifestar sua participação pelo e-mail relacionamento@softsul.org.br
