Na tarde de 26 de agosto, foi realizada mais uma edição do Encontros de Inovação MGPDI, cujo tema foi “Liderança Feminina na Inovação: Caminhos com o Modelo”. O evento proporcionou um amplo debate sobre a presença das mulheres no setor de inovação, destacando os desafios enfrentados, as conquistas alcançadas e o papel do Modelo de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (MGPDI) na ampliação da participação feminina em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Participaram do webinar a Ana Márcia Debiasi Duarte, Head de PMO na NSTEC, com mais de 30 anos de experiência na gestão de processos de software e inovação, além de atuar como professora e consultora; e Cristina Filipak Machado, diretora e consultora na Quality Focus, co-criadora do modelo MGPDI, especialista em gestão de riscos e oportunidades com mais de 35 anos na área de TI e inovação. A moderação ficou por conta de Adriana Martins, Diretora de Operações da Softsul, cuja trajetória de quase três décadas no Sistema Softex demonstra seu comprometimento com tecnologia e inclusão feminina no segmento.
Durante a abertura, Cristina destacou a inovação como a implementação de ideias novas no mercado, seja na melhoria de processos, na reapresentação de ideias ou na criação de novos produtos e serviços, sempre com foco na geração de retorno financeiro. Ela reforçou que atributos considerados tradicionais do universo feminino, como criatividade, empatia, intuição e habilidade para resolver problemas, são essenciais para impulsionar a inovação. Segundo Cristina, essas qualidades, relacionadas à multitarefa e ao cuidado, conectam-se diretamente à capacidade de identificar necessidades e dificuldades no dia a dia, tanto na esfera profissional quanto na pessoal.
Ana Márcia observou que muitas mulheres empreendem por necessidade, como estratégia de sustento, o que pode limitar sua disposição a assumir riscos e inovar. Cristina complementou a reflexão afirmando que a inovação, por definição, implica riscos, e que o perfil cuidador e multitarefa de muitas mulheres tem potencial para liderar mudanças, especialmente se apoiado por políticas de inclusão. Como exemplos inspiradores, ela citou a pesquisadora Mariâ Angela Hungria, reconhecida internacionalmente por seu trabalho em agricultura sustentável, e a rede Maternativa, que apoia mulheres após a licença-maternidade.
O debate ainda abordou a necessidade de fortalecer políticas de incentivo, ampliar o acesso a programas governamentais de apoio e promover ambientes corporativos mais inclusivos. Cristina ressaltou que o Modelo de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (MGPDI) fornece estruturas para promover a inclusão, gestão de ideias, proteção da inovação e diversificação de equipes — fatores essenciais para aumentar a participação feminina na inovação.
Ao final, Cristina anunciou que o próximo encontro acontecerá em 30 de setembro, com o tema “Inovação colaborativa na educação pública”, com debates conduzidos por especialistas renomadas, Maíra Weber e Kátia Ferreira, do Instituto Positivo, sob a coordenação de Kival Weber, do MGPDI. As inscrições são gratuitas e abertas ao público interessado. Inscrições AQUI
Este evento reforça a ideia de que, apesar dos desafios, há uma grande oportunidade de fortalecer a liderança feminina na inovação, promovendo benefícios para as organizações e para a sociedade como um todo. A transmissão está disponível no Canal YouTube da Softsul AQUI


